O Festival do Rio acabou e, infelizmente, não consegui ver muitos filmes. Deixo aqui a dica de bons filmes que assisti:
Ato de Desonra (Canadá) – Direção de Nelofer Pazira
Mena é uma jovem que vive em um pequeno vilarejo no norte do Afeganistão e está prestes a se casar com Rahmat. Respeitando os valores e costumes da comunidade, os dois noivos quase não têm contato um com o outro, apesar de serem unidos por um sentimento especial. Suas vidas mudam com a chegada de uma equipe de filmagem canadense ao local. O choque de culturas proporciona a todos um novo mundo de possibilidades. Mena faz amizade com a intérprete, perigosamente desafiando as convenções, enquanto Ali, membro de uma minoria étnica, é tentado a buscar exílio no exterior.
Viúva sempre as quintas (Argentina) – Direção de Marcelo Piñeyro
Os habitantes de Altos de la Cascada, bairro fechado de Buenos Aires, vivem felizes em seus condomínios, repletos de jardins, piscinas aquecidas e mansões monitoradas por câmeras de segurança. Numa manhã como qualquer outra, três cadáveres são descobertos boiando na piscina de uma das casas. O caso abala a comunidade, que não tarda em aceitá-lo como uma fatalidade. Mas a investigação das últimas ações das vítimas põe em dúvida o caráter acidental das mortes e ameaça trazer à tona o que se esconde por trás das fachadas impecáveis do condomínio.
Minhas mães e meus pais (Estados Unidos) – Direção de Lisa Cholodenko
Nic e Jules vivem juntas há muito tempo. Nic é ginecologista e sofre com a pressão do trabalho, enquanto Jules tenta abrir uma empresa de paisagismo. Elas têm dois filhos: Joni, de 18 anos, e Laser, de 15. Com a iminência da partida da irmã para a faculdade, Laser lhe pede um favor: descobrir quem é seu pai biológico. Mesmo hesitante, Joni contacta o banco de esperma, e dias depois Paul entra em contato. Os dois adolescentes vão ao seu encontro e buscam esconder o fato das mães, sem sucesso. Nic e Jules decidem então enfrentar o problema de frente e convidam Paul para jantar. Prêmio Teddy do Festival de Berlim.
E aqui vão os filmes que queria muito assistir, mas os ingressos já haviam esgotado. Provavelmente irão entrar em cartaz no cinema.
Carancho (Argentina) – Direção de Pablo Trapero
Sosa é um “urubú”, um advogado especializado em acidentes rodoviários. Todos os dias ele vai aos locais de acidente, aos setores de emergência dos hospitais e às delegacias procurando clientes. Seu trabalho é lidar com as testemunhas, policiais, juízes e companhias de seguro. Mas o que seus clientes não sabem é que a agência para a qual trabalha está envolvida em esquemas de corrupção e desvio de dinheiro. Quando se apaixona pela jovem paramédica Luján, Sosa decide se aposentar do trabalho sujo e viver ao lado dela. Mas seu passado não o deixará tão facilmente. Indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro.
A suprema felicidade (Brasil) – Direção de Arnaldo Jabor
No Rio de Janeiro de 1945, o menino Paulo vive com o pai Marco, aviador da FAB, e a mãe Sofia. Eles moram numa rua bucólica, repleta de personagens típicos, como o pipoqueiro Bené, que sempre narra façanhas sexuais, um triste vendedor de garrafas e uma turma de vizinhos briguentos. À medida que cresce, Paulo sente o ambiente familiar tornar-se cada vez mais opressivo, e compensa a distância de seu pai com a cumplicidade com o avô Noel, funcionário público boêmio que o inicia na vida noturna carioca. Em meio a inúmeras experiências, Paulo espera encontrar a verdadeira felicidade.
Cópia fiel (França/Itália) – Direção de Abbas Kiarostami
James Miller é um filósofo inglês que vai a uma pequena cidade da Toscana apresentar seu livro sobre o valor da cópia na arte. Chegando lá, encontra uma francesa que é dona de uma galeria de arte há muitos anos e vive com seu filho pré-adolescente. Eles passam a tarde juntos. Ao mesmo tempo em que vão se conhecendo, começam a desenvolver um complexo jogo de interpretação de personagens, e, à medida que o jogo avança, deixamos de saber quem é quem. Prêmio de Melhor Atriz no Festival de Cannes 2010 para Juliette Binoche.
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