Terceira parada da viagem ao Sudeste Asiático: Luang Prapang, no Laos (ver roteiro)
Luang Prapang foi a maior e melhor surpresa da viagem. Esse lugar é mágico. E as pessoas são as mais meigas que já conheci. Todos nos recebem com o típico “sawasdee” e agradecem com “Kop tchai lailai”, tudo dito de uma forma extremamente carinhosa.
A chegada no país já demonstra como é o lugar, o aeroporto é pequeníssimo e parece uma casa. O avião que chega é o mesmo que saí levando as pessoas.
A cidade, que é patrimônio mundial da Unesco, é um charme, cheia de restaurantes, artesanatos locais, pousadas e templos. Bem arborizada e florida. Como é pequena, tudo pode ser feito a pé ou de bicicleta.
Em praticamente todos os templos moram monges, e por isso é comum encontrarmos eles caminhando pelas ruas, além de podermos conhecer melhor o cotidiano deles. Nas visitas aos templos a gente viu não só eles rezando, como também jogando futebol, cantando, tocando violão…
Paramos no The Chang Heritage Hotel. Simples, mas bom e bem localizado, na frente de um rio, com uma vista linda. Tomávamos café da manha nas mesinhas que ficavam do outro lado da rua em frente ao rio, super gostoso.
A cidade possui milhares de templos e vale a pena visitá-los, são lindos e cheios de histórias.
O templo Xieng Thong é considerado um dos mais belos. Na Capela Funerária Real há uma charrete funerária de 12 metros e várias urnas funéreas, de cada membro da família Real. O painel esculpido no exterior da capela possui um tema semi-erótico do Ramayana.
Outro templo que gostei muito foi o Vat Phousi, que fica no alto de uma montanha e possui uma vista linda da cidade. Esse templo possui coisas incríveis, como uma escadaria enorme com um corrimão de serpente dourada e uma pegada gigante que dizem ser do Buda. Lá também conhecemos vários tipos de Budas. Cada posição em que o Buda está significa uma coisa, como pensando, meditando, “pare de lutar”, e até dias da semana… Aproveitamos para assistir ao por-do-sol lá.
Passear pela feira de rua também é um programa imperdível. Lá dá de tudo, galinhas, rãs, peixes e minhocas são vendidos vivos; morcegos para a sopa (sim, é isso mesmo!); os mais variados tipos de noodles e arroz; e, ainda, há comidas sendo feitas e vendidas na hora, embaladas em folhas de bananeira.
Nosso guia, como não poderia ser diferente, era a coisa mais querida. Ele nos levou para fazer alguns passeios um pouco fora da rota turística. Aí pudemos perceber que, fora Luang Prapang, o país apesar de lindo é bem pobre. Na verdade até mesmo em Luang Prapang, saindo das ruas principais, a gente percebe a precariedade da situação. As casas das pessoas são extremamente simples. E eu fiquei impressionada que em nenhuma há mesa, eles fazem as refeições sentados no chão.
Passeamos de barco pelo Mekong River, que corta a cidade. Durante o passeio fomos até uma pequena caverna (Pak Ou) que dentro possui a maior quantidade de estátuas de budas reunidos, de todos os tamanhos, cores e materiais.
Depois fomos até uma ilha onde há produção de ‘cachaça’ feita com arroz e uma vila com produção manual de roupas de algodão, tudo bem rústico e precário.
Pedimos para o guia nos levar num vilarejo local fora da rota turística e visitamos um colégio. Foi muito legal. As crianças são muito fofas e todos nos receberam de forma muito carinhosa. Inclusive os professores nos deram o livro de honra do colégio para deixarmos um recado. Escrevemos que somente o conhecimento é capaz de transformar o mundo!
Fizemos também um passeio inesquecível ao parque onde fica a cascata Khuang Xi Waterfalls. Com palavras não consigo explicar a maravilha daquela natureza. Nunca tinha visto uma queda d’água azul turquesa. Só não entrei, porque estava sem biquíni, pois mesmo com o friozinho que estava teria mergulhado, como muita gente fazia.
Outra coisa que vale muito a pena fazer é andar de elefante. Ao contrário da Tailândia, em que fomos num lugar totalmente turístico e as pessoas davam uma mini voltinha de elefante, aqui nos levam para o meio da selva e andamos um bom tempo de elefante, inclusive, nos mesmo podemos dar uma “dirigida” neles e entramos com eles até no Rio. E ao final ainda podemos alimentar os elefantes com bananas. Foi demais!
Não deixe de um dia acordar às 6:00 da manhã para assistir à cerimônia de oferta de comida aos monges . Foi sem dúvida um dos momentos mais marcantes da viagem! Todo dia, a essa hora, milhares de monges de todos os locais vão à avenida principal, em fila, e recolhem os alimentados doados pelas pessoas (eles vivem dessa comida). Várias pessoas ficam na calçada doando comida. Tudo simples e num silêncio total. Ficamos muito tempo olhando e a fila de monges não acabava.
À noite, todos os dias, na rua principal, tem uma enorme feira com produtos locais.
Por fim, deixo aqui a dica de lugares muito legais que descobrimos:
– A loja Caruso Lao Home Craft. Fica na rua principal. É uma loja de decoração, super diferenciada. Tudo lá é lindo! Mas o preço é bem salgado também. A propósito, o Mick Jaegger quando vai ao Laos sempre compra aqui.
– O restaurante que fica dentro do hotel Amantaka. O lugar é lindo e a comida (internacional) é muito gostosa. Na verdade, o próprio hotel é uma baita dica, da rede de resorts Aman (www.amanresorts.com). O conceito desta rede de hotéis é fazer com que o hóspede se sinta na casa de amigos, não há nenhuma propaganda, nenhum logo e o tratamento é super exclusivo, assim como o preço.
– Restaurante L’Elephant: restaurante francês com uma decoração bem bacana.
Tentei postar um vídeo que fizemos para demonstrar um pouco do que vivenciamos que, sem nenhuma dúvida, foi um dos lugares mais incríveis que eu já visitei, mas infelizmente o youtube bloqueou o som e ficou muito sem graça, por isso resolvi tirar.